O segundo filho apareceu na família. Se houver uma criança especial na família

Quanto mais filhos na família, mais feliz ela é. Normalmente, as crianças aguardam ansiosamente a aparição de um irmão ou irmã mais nova e ficam muito felizes com o nascimento. Mas à medida que o bebê cresce, um sentimento de ciúme se desenvolve. Valentina Ermakova, psicóloga infantil e terapeuta Gestalt, dá conselhos sobre como manter o conforto psicológico na família e distribuir a atenção entre duas crianças.

A inveja não é um vício

O ciúme de um filho mais velho é o principal problema que os pais enfrentam quando um segundo filho aparece na família. Na maioria das vezes, isso se deve ao medo da criança mais velha de perder o amor da mãe e do pai. Portanto, os pais devem aprender a ser mais sensíveis ao primeiro filho para que ele não se sinta solitário e carente. Caso contrário, a família terá que aturar a atitude negativa do filho mais velho em relação ao mais novo e as birras constantes.

O momento mais difícil para os pais são os primeiros seis meses após o nascimento do filho mais novo. É durante esse período que as crianças mais velhas mostram seu ciúme de forma especialmente acentuada. Tente entendê-los e em nenhum caso puni-los. O ciúme é um sentimento normal e natural.

Ao construir relacionamentos em uma família onde um segundo filho apareceu, é necessário levar em consideração a idade e o sexo das crianças. Se as meninas ficam felizes em ajudar a mãe a cuidar de um recém-nascido e concordam em fazer algumas tarefas domésticas, os meninos, pelo contrário, são muito ciumentos e seus sentimentos são mais difíceis de resolver. O ciúme é mais pronunciado entre crianças do mesmo sexo, e com uma diferença de idade de 3 a 5 anos.

Idade ideal

Com qualquer diferença de idade, sempre há prós e contras. O clima infantil vai brincar, desenvolver e explorar o mundo juntos. E, ao mesmo tempo, o primogênito não terá ciúmes, porque ainda não conhece esse sentimento aos dois anos de idade. A desvantagem é que as crianças vão exigir a mesma quantidade de atenção de seus pais. E às vezes é muito difícil para uma mãe “dividir” entre dois bebês.

A diferença de 3-4 anos é boa porque as crianças vão ter brinquedos comuns, na escola vão estudar juntos, ajudando uns aos outros. Mas os pais devem se preparar para o fato de que o primeiro filho aos 3-4 anos será superado pela crise “eu mesmo!”, Que é acompanhada por caprichos constantes. Nesse caso, a mãe e o pai precisam cercar o bebê mais velho de atenção e fazer de tudo para que ele se sinta seguro.

A diferença ideal entre o primeiro e o segundo filho é de 5 a 8 anos. Em primeiro lugar, o mais velho já estará “anexado” em um jardim de infância ou escola, o que significa que a mãe terá mais tempo para o mais novo. Além disso, as crianças mais velhas são muito mais fáceis de experimentar a aparência de um bebê, porque o escopo de seus interesses está se tornando muito mais amplo - isso é estudo, círculos e hobbies. Em segundo lugar, se o filho mais velho não for ciumento, ele aceitará de bom grado o mais novo e se tornará um bom mentor para ele, um guia para a vida.

Uma grande diferença entre as crianças (9-15 anos) está marcada pelo fato de que a criança mais velha pode ficar sem atenção ("Ele já é um adulto!"). Em nenhum caso isso deve ser permitido, porque o primeiro filho apenas atingirá uma idade de transição, quando o apoio dos pais, seu conselho e compreensão são simplesmente necessários. Na ausência da atenção necessária, a criança pode cair em uma depressão prolongada e será mais difícil lidar com isso.

De qualquer forma, independentemente da diferença de idade, é melhor preparar o filho mais velho para o nascimento do mais novo - explique o processo de nascimento, fale sobre como as crianças serão divertidas juntas e quais as dificuldades que cada um dos membros da família pode enfrentar enfrentar.

Pequenos truques

Existem várias formas de lidar com manifestações de ciúme infantil em situações específicas, veja algumas delas:

- A criança mais velha exige que o recém-nascido seja devolvido ao hospital

Nessa situação, em nenhum caso você deve levantar a voz e dar argumentos "fracos" como: "Ele vai ficar aqui e pronto!", "Você não entende nada, é seu irmão!" Tente convencê-lo: "Ter um irmão ou irmã mais novo é ótimo, porque você sempre pode jogar junto."

- O filho mais velho não entrega o berço ao mais novo

Diga a ele que ele se tornou adulto, o que significa que ele pode dormir na mesma cama que mamãe e papai. Dê-lhe uma nova cama "adulta" alguns meses antes do nascimento do segundo filho.

- O filho mais velho se ofende com o fato de a mãe não lhe dar leite materno

O mais correto nessa situação é desviar a atenção do primogênito com algo gostoso. E não se esqueça de contar um segredo para a criança: “Você já ficou grande e pode comer de tudo. E o bebê ainda é muito pequeno e precisa do leite da mãe. Sem isso, ele continuará com fome.”

- A criança mais velha se sente inútil

Nessa situação, outros membros da família ajudarão a mãe. Ao distribuir algumas tarefas domésticas entre si, eles a libertarão de suas preocupações habituais e lhe darão tempo livre, que ela passará alegremente em jogos e conversas com seu filho mais velho.

- A criança mais velha intimida a mais nova

O erro mais comum nessa situação é a punição do primogênito (muitas vezes sem nem mesmo descobrir os motivos da briga). Os pais devem estar cientes de que isso pode causar uma reação na criança: agressão ou retraimento. Se houver risco de causar dor física ao bebê, as crianças não devem ser deixadas sozinhas.

-A criança mais velha está “demonstrativamente” triste

Com o advento do segundo filho, o primogênito não sente o cuidado constante, a cada minuto, de seus pais, como antes. Este fato provoca o desenvolvimento da depressão. Atividades conjuntas ajudarão a lidar com o desânimo: viagens ao zoológico, leitura de contos de fadas, passeios ao ar livre. Não se esqueça de abraçar seu filho sempre que possível, elogiá-lo e apoiá-lo em todos os esforços. Através de sensações táteis, ele sentirá a plenitude do seu amor. Mas a "cura" mais importante para o ciúme infantil é a paciência e o carinho dos pais. Os resultados de seu comportamento diplomático na educação aparecerão mais tarde: quando os filhos crescerem e se estabelecerem relações calorosas e sinceras entre eles, eles se tornarão amigos do peito. A mesma atmosfera de confiança reinará em suas próprias famílias.

Vamos falar sobre um evento maravilhoso quando uma criança aparece na família, o marido e a esposa se tornam pais. E os pais se tornam pessoas verdadeiramente nativas, surge uma nova conexão entre eles - o amor dos pais. Os filhos de uma família são a imortalidade de seus pais. A humanidade teria sido capaz de dar um passo tão longo em seu desenvolvimento se não tivesse dominado a experiência de seus pais e não tivesse levado em conta seus erros? E, claro, ele se esforçou para se tornar melhor que seus ancestrais.

Criando uma criança, nós devolvemos aos nossos pais

Os pais têm uma responsabilidade parental. Os pais são responsáveis ​​por garantir que uma pessoa digna cresça na família, saudável tanto espiritual quanto fisicamente. Muitas vezes você pode ouvir que criar filhos, pessoas, por assim dizer, retribuir seus pais. Os pais de uma vez, como dizem, "não poupando a barriga", não poupando nem força, nem tempo, nem alma, nos criaram. Agora temos que criar nossos filhos.
Uma criança desde os primeiros meses de sua vida, a princípio inconscientemente, observa a vida versátil dos adultos. A criança deve aprender que sem esforço não pode haver resultados. À medida que a criança cresce, os pais devem acostumá-la ao trabalho mais elementar e viável. Ensine a criança a se vestir, coletar brinquedos e depois lavar. Peça-lhe para trazer algo para os anciãos. Os pais devem mostrar pacientemente ao bebê o que fazer e como fazê-lo. A criança percebe isso com bastante naturalidade. O principal é não pedir.

Dê um bom exemplo para seu filho

Todas as crianças tendem a imitar os mais velhos, bem como a lutar pela independência. A criança cresce e cada vez mais você pode ouvir: “eu mesmo”, e cada vez mais persistentemente tenta fazer isso ou aquilo. E, se uma criança não pode pagar uma nova atividade, é necessário habilmente mudar sua atenção para outra atividade que seja mais acessível a ela. É muito importante neste momento não desencorajar o desejo do bebê por uma ação independente. A família tem uma influência decisiva no desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida. Tanto médicos quanto psicólogos acreditam que crianças menores de três anos são especialmente propensas à influência da família.

O amor tem um efeito positivo no desenvolvimento da criança

Em primeiro lugar, mãe é TUDO para eles. Uma vez que é a mãe desde os primeiros dias de vida do bebé que satisfaz todas as suas necessidades. A mãe instila na criança uma sensação de segurança. É a mãe que entende cada movimento, o protege de perigos e dificuldades. A mãe ajuda a lidar com o sentimento de medo e infunde confiança no mundo ao redor. O apego do bebê à mãe se transforma em amor. Apaixonado, primeiro pela mãe, depois pelo pai e depois pelo resto da família. Se a família carece de atenção e amor pela criança, isso retarda o ritmo de seu desenvolvimento, atrapalha seus interesses e curiosidade. O bebê só precisa ser amado. E seu coração lhe dirá o que fazer.
O principal é educar em uma criança, antes de tudo, qualidades tão valiosas como a capacidade de observar cuidadosamente a realidade, sentir-se bonita, ser curiosa, honesta, estar atenta às outras pessoas. E todas essas qualidades serão incluídas no fundo dourado da personalidade madura do bebê.

A partir do nascimento de um segundo filho, os pais passam a ter novas preocupações e responsabilidades, a situação na família muda.
O ancião não recebe mais tanta atenção quanto antes. Mas não deveria ser assim.
Procure não mudar as tradições adotadas na família e relativas ao filho mais velho (um passeio ao parque em um dia de folga, uma visita a uma seção, uma visita, etc.).
Prepare o pré-escolar com antecedência para o aparecimento de um irmão-irmã e imagine que o bebê aparecerá exatamente a pedido do mais velho.
Diga ao mais velho antes do nascimento do mais novo sobre os bebês, como cuidar deles, o que eles comem. É bom que ele veja isso em outra família.
Relembre e conte como era o “mais velho” na barriga da mãe, como era bebê, como cresceu e mudou; vejam fotos e vídeos juntos.
Não altere o tipo de educação de um filho mais velho, não permita um aumento acentuado dos requisitos para ele, a introdução de novos deveres etc.
Tente evitar que a criança mais velha se sinta indesejada e rejeitada. Envolva-a (opcionalmente) nos cuidados com o bebê, reserve tempo para brincadeiras conjuntas, leitura, conversas (enquanto a mais nova dorme, você pode brincar com a mais velha).
Especialmente não admire e não admire o bebê na presença do mais velho.
Nunca compare as crianças entre si. Lembre-se: não há duas crianças iguais, todas são individuais e únicas.
Apoie o desejo da criança mais velha de ajudar a cuidar do bebê e seu desejo de desempenhar o papel de um "terceiro" pai,
Preste atenção ao ciúme emergente por parte da criança mais velha e apague-o. (Por exemplo, se a mãe está alimentando o bebê, o pai pode brincar com o mais velho, etc.)
Deixe o mais velho participar na escolha do nome, roupas, brinquedos para o irmão mais novo (irmã).
Lembre-se: o primogênito é o lado sofredor, então a manifestação de ciúmes, descontentamento de sua parte é inevitável.
Tente perceber os sentimentos da criança a tempo e ajude-o a superá-los.
Não prive o filho mais velho de atenção, referindo-se à falta de tempo devido aos cuidados com o bebê, não se dedique apenas aos cuidados do mais novo.
Saiba que com seu comportamento inadequado, às vezes desafiador (“beber na mamadeira”, exigir mamadeira etc.), a criança está tentando distraí-lo do bebê, chamar sua atenção para si mesmo.
Tente fazer com que as crianças se apaixonem, sejam mais iguais em direitos e deveres (o resto é opcional).
Se as crianças brigam, se entregam, nunca punem uma pessoa, ambas são culpadas. Isso é mais justo do que a punição imerecida de uma pessoa (“porque você é o mais velho”).
Quando você elogiar uma criança, certifique-se de encontrar algo de bom na outra, mesmo que ela não mereça.
Incentive a mais velha a se sentir uma protetora (mas não uma babá), e a mais nova a se sentir protegida (mas não uma boneca).
Considere as características individuais, a natureza de seus dois filhos.
Não envie a criança mais velha após o nascimento do bebê por algum tempo para a avó. Isso pode levar ao ciúme e à competição entre as crianças.
Não se empolgue repetindo a mesma frase: “Você já é grande!”. O ancião pode pensar que não é amado; mas ame apenas os mais novos. (Se um vai ao baile, o outro pode querer praticar esportes; se o mais velho aprende a ler cedo, isso não significa que o mais novo tenha que acompanhar.)
Lembre-se: o filho mais velho, na verdade, ainda é bem pequeno e realmente precisa de carinho e ternura dos pais.
Cuidado para que seu "grande" meio abandonado não odeie o bebezinho adorado por todos.

A partir do momento em que o segundo filho entra em casa, seu primogênito é o lado do sofrimento. Existe até o termo "detronação" de uma criança. Sim, Você realmente o derrubou do pedestal. E para que a amargura do “derrubado” não o queime por toda a vida, será necessária sua sabedoria e delicadeza.

COMO comportar-se com os pais com um primogênito quando um segundo filho aparece na família

· Prepare a criança mais velha com antecedência para a chegada da criança mais nova. Além disso, é desejável organizá-lo como se o segundo filho aparecesse na casa a pedido do primeiro filho.

· Que todos saibam, e principalmente os primogênitos, que nada mudou na casa e que o bebê nascido não é um concorrente para ele.

· Faça tudo para que seu primeiro filho, mesmo que por um momento, não se sinta desnecessário e rejeitado na família.

· Esconda sua preferência pelo recém-nascido até o fundo de sua alma. Não o admire e não o admire na presença e na frente do primeiro filho.

· Não compare crianças contrastando-os entre si.

· Não se sinta culpado que a criança agora ainda tem um irmão ou irmã.

· Incentive seu primogênito a ajudá-lo a cuidar de seu recém-nascido

· Reconhecer o ciúme disfarçado, sem esquecer que seu primogênito é o lado do sofrimento.

· Não negligencie seu filho mais velho, referindo-se à falta de tempo devido ao bebê.

· Não transforme toda a sua vida em cuidados contínuos com os mais novos da casa.

· Jogue com o ancião em todos os jogos de RPG que ele começou a impor a você após o aparecimento de um recém-nascido na família, dando a isso pelo menos algum tipo de saída para suas emoções fervilhantes.

· Não se ofenda com a criança quando ela protesta veementemente, melhor tentar suavizar os cantos afiados do protesto. Faça tudo para que as crianças não possam viver umas sem as outras.

· Não preste atenção especial às estranhas excentricidades da criança, considerando-as como uma espécie de reações neuróticas bastante adequadas ao seu estado, e até, se possível, brincar junto com a criança

· Tentar fazer as mudanças necessárias na vida do primeiro filho muito mais cedo antes que o segundo apareça, para que o primogênito não tenha nenhuma associação com o fato de o recém-nascido ser o culpado por sua adversidade.

· Plante as sementes do amor das crianças umas pelas outras o tempo todo.

COMO AS NÃO É DESEJÁVEL
comportar-se com os pais com o primogênito quando um segundo filho aparece na família

· Esquecer um pouco de tudo no mundo, literalmente "perder a cabeça" de alegria quando um recém-nascido aparece na família.

· Mude tudo na família para agradar a "nova" criança.
Todo o tempo para admirá-lo e admirá-lo na frente do primogênito.

· Oponha as crianças umas às outras e compare o dia e a noite entre si apenas em favor dos mais novos da família.

Não prestando atenção nele por causa dos cuidados com o recém-nascido. Não brinque com ele

· Contribuir para o nascimento dos primeiros sentimentos de abandono e inutilidade na família.

· Impedir que uma criança ajude a cuidar de um recém-nascido, ou ir ao outro extremo e colocar todo o ônus do cuidado parental no primogênito.

· Após o nascimento do bebê, enviar o filho mais velho para residência temporária aos parentes ou amigos mais próximos.

· Todas as mudanças necessárias para a vida de uma criança mais velha devem ser feitas quando um recém-nascido aparece na família.

Punir por estranhas excentricidades ("retorno" à infância.

· Não prepare a criança para o aparecimento de um recém-nascido na família, mas simplesmente enfrente o fato de que agora ele não está sozinho com a mãe e o pai.

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"Kostroma regional

psicológico-médico-pedagógico

comissão»

Se a família apareceu

Segunda criança

(conselho do psicólogo aos pais)

Kostroma 2012

Vale a pena que o primogênito cresça um pouco, e cada vez mais ele começa a pedir à mãe e ao pai que dêem à luz a ele "irmão ou irmã". Mas quando um segundo filho aparece na família, o mais velho tem mais motivos para alarme do que para alegria. Como evitar o ciúme e ajudar o primogênito, junto com a mãe e o pai, a gostar de se comunicar com um novo membro da família?

Com o nascimento de um segundo filho, a imagem do mundo que lhe é familiar desmorona. Por vários anos, ele se acostumou com o fato de que toda a atenção dos pais, avós e outros membros da família, até mesmo os convidados que vêm à casa, é direcionada principalmente a ele. Quando um bebê aparece na casa, o ancião, se não estiver suficientemente preparado para esse evento, fica perplexo a princípio. Por que, de repente, em vez de brincar e se comunicar, como de costume, com ele, todo o tempo e atenção é dado a essa criatura que veio do nada, que não apenas não pode falar, mas em geral - apenas grita e dorme ?

Se o filho mais velho não for explicado e mostrado que a mãe e o pai ainda o amam, ele pode começar a lutar por sua atenção, consciente e inconscientemente. As consequências podem ser bastante infelizes - desde brincadeiras e desobediência até gagueira e doença permanente. Mas tudo isso pode ser evitado.

Diferença de idade ideal

É claro que as circunstâncias são diferentes, mas se possível, é melhor que a segunda gravidez (como a primeira) seja planejada. E é melhor planejar com sabedoria. A diferença ideal entre as crianças é de 3-4 anos, mais próximo de 4 anos.

Há razões para isso. Quando a diferença entre os filhos é muito pequena, por exemplo, o clima nasce, isso não apenas dificulta bastante a vida dos pais, antes de tudo, das mães, mas também afeta o desenvolvimento de ambas as crianças. Um bebê de até um ano sempre precisa de uma mãe, e quanto mais tempo eles passarem juntos, melhor para a criança. Depois de um ano, não apenas o contato emocional e a sensação de segurança da proximidade da mãe se tornam importantes, mas também a comunicação com ambos os pais. A criança começa a falar, andar - está se tornando cada vez mais difícil segui-lo e salvá-lo todos os dias, e há cada vez mais perguntas que precisam de respostas. Sim, neste momento a criança ainda não está madura o suficiente para sentir ciúmes de verdade, mas o aparecimento de um novo bebê na família pode levar ao fato de que ele não recebe toda a atenção e comunicação com os pais de que precisa. Além disso, quando as crianças crescem um pouco, começam a passar muito tempo juntas, crescem e se desenvolvem juntas, quase como gêmeos. Isso pode retardar um pouco o desenvolvimento de uma criança mais velha: ela “desacelera” para que a mais nova “tenha tempo” para ele.

Aos dois anos, o bebê ainda é egocêntrico, mas já tem consciência de si o suficiente para aceitar dolorosamente a mudança de sua posição na família. Aos três anos, a crise estava em pleno andamento. As perguntas "por que" e "por que" a criança emite a cada minuto, constantemente se esforça para tocar tudo sozinha, tentar e entender. Acompanhá-lo neste momento pode ser difícil até mesmo para aquela mãe, cujo tempo é dado apenas a ele. Além disso, nessa idade, o bebê já cresceu o suficiente para se perceber separado de seus pais, observar o quanto ele recebe atenção e amor e até esconder seus sentimentos. Mas ele ainda não tem os mecanismos para processar adequadamente o que está vivenciando. Na maioria das vezes, perdendo uma parte da atenção habitual e sentindo uma mudança de atitude em relação a si mesmo, o bebê, não sabendo reagir de maneira diferente e não tendo a experiência de olhar a situação "pelo lado", se culpa por isso e começa reagir, na maioria das vezes - inconscientemente. Por exemplo, ele de repente, tendo crescido e se desenvolvendo normalmente, pode começar a adoecer com frequência - embora a tal custo, atraindo o centro das atenções da família para si mesmo.

Uma criança de quatro anos já pode entender - com uma explicação razoável, apoiada pela ação - que sua mãe o ama, mesmo que ele não esteja com ele o tempo todo. De muitas maneiras, ele já pode cuidar de si mesmo e até ajudar os mais velhos a cuidar de um irmão ou irmã. Quando o filho mais novo crescer, eles estarão interessados ​​em brincar juntos.

Com uma diferença de 6-7 anos ou mais, a diferença entre as crianças já é grande demais para que elas se interessem por jogos e atividades comuns. Os psicólogos dizem: em uma situação em que a diferença entre os filhos é muito grande, podemos supor que você não tem dois filhos, mas um e mais um. Ou seja, eles crescem separadamente, e os pais também terão que lidar com eles, na maioria das vezes, separadamente com cada um.

Claro, você não deve se concentrar apenas na idade. O mais velho, não importa quantos anos tenha, antes do aparecimento de um irmão ou irmã mais novo, tudo o que acontece na família precisa ser explicado. E vale a pena começar antes mesmo de uma nova criança aparecer nele.

Preparando-se para conhecer um novo membro da família

A rivalidade entre os filhos começa quando o mais novo ainda está "sentado na barriga" da mãe. Temos que lidar com esse momento na prática o tempo todo - os pais muitas vezes não pensam nisso. Estando grávida, a mãe não pode mais pegar o bebê nos braços, como antes, não pode deitar com ele, brincar do jeito que ele fazia. É nesses momentos, antes mesmo de o bebê aparecer em casa, que o menino ou menina mais velha já começa a sentir: “Algo está errado!”, e imediatamente a criança tem o pensamento de que tudo o que acontece é “por causa dele / sua."

Em geral, para uma criança, esse é um cenário comum: mudanças na família, levando a uma diminuição da atenção a ela, são consideradas culpa sua. Muito provavelmente, ele não dirá diretamente sobre isso, mas ficará preocupado. Portanto, é melhor preparar o bebê para o aparecimento de um irmão ou irmã com antecedência.

Já durante a gravidez, é útil para uma mãe conversar com um bebê mais velho, explicando e dizendo a ele que em breve aparecerá outro filho na família, uma irmã ou irmão com quem ele tanto sonhou. Ao mesmo tempo, você não deve prometer a ele que agora ele sempre terá um parceiro para jogos - ao ver um bebê indefeso, o mais velho se sentirá desapontado e enganado, porque estava contando com algo completamente diferente. Para dar ao seu primogênito uma ideia melhor do que se preparar, você pode mostrar a ele fotos ou vídeos que o capturaram na infância e falar sobre como ele era alguns anos atrás. Explique que então ele não conseguia andar, nem falar, nem brincar, mas agora ele aprendeu tudo e poderá ajudar os pais a ensinar isso ao bebê. É necessário que o mais velho entenda que o pequeno vai brincar com ele, só que isso não vai acontecer tão cedo. Você pode mostrar ao seu filho livros onde as fotos contam como está a gravidez, isso o ajudará a entender o que está acontecendo com sua mãe, por que sua aparência e comportamento mudaram, por que ela não pode brincar com ele como antes. É bom encontrar entre amigos e conhecidos uma família onde um bebê apareceu recentemente e ir visitá-los com um filho mais velho para que ele possa ver com seus próprios olhos que criatura engraçada, doce e comovente aparecerá em breve em sua família.

Atenção especial deve ser dada à criança se a mãe precisar ir ao hospital por vários dias, para dar à luz ou por outro motivo. Uma criança que está acostumada a não se separar de sua mãe por mais de 2-3 horas pode decidir que sua mãe está sendo “tirada” dele - a reação pode ser muito diferente, até gaguejar. Antes de se separar da mãe, a criança deve estar preparada, principalmente se isso não aconteceu antes desse momento.

Deslocamento do "pedestal"

Mas não importa como você prepare o filho mais velho para a chegada do pequeno, a primeira vez em casa com um novo membro da família não será fácil para ele. Imagine: tudo o que ele se acostumou em poucos anos de sua vida desmorona. Ao mesmo tempo, ele parece continuar fazendo tudo como antes - mas a situação mudou, e de forma radical. Ele não é mais o menor membro da família em torno do qual toda a atenção está concentrada. Eles podem até desistir dele, esquecê-lo por um tempo. A criança grita - o mais velho é enviado para outra sala, como se estivesse se esquecendo dele ... Ao mesmo tempo, ele também não é aceito no "campo de adultos" por causa de sua infância. Era como se ele estivesse em um certo pedestal na família, e ele estava o tempo todo, desde que ele se lembrasse - e agora ele foi removido do pedestal, e não está claro por quê. A criança não entende: como assim? E pode começar a “puxar o cobertor” sobre si mesmo.

Senior pode reagir de maneiras diferentes. Que os pais não tenham medo se ele voltar a pedir chupeta, mesmo que já a tenha abandonado há muito tempo, pedindo-lhe para colocar uma fralda, embora já não precise, ou de alguma forma copiar o comportamento do mais novo, por um tempo. enquanto "se transformou em um bebê". Isto é bom. É melhor explicar ao mais velho a diferença entre ele e o bebê, enfatizando o quanto ele conseguiu aprender, não esquecendo de elogiá-lo por todos os acertos e conquistas. Pior, se não receber a devida atenção e amor na família, a criança tenta encontrá-lo fora – em empresas de quintal, por exemplo. Amigos são bons, mas não substituem a comunicação com os pais.

Não recebendo a atenção habitual, o filho ou filha mais velho pode começar a agir, se comportar de forma agressiva, expressar insatisfação por qualquer motivo, torna-se difícil negociar com eles. Assim, a criança mostra aos adultos que precisa de atenção - e consegue, mesmo com a ajuda de escândalos.

Qualidade principal

Com o nascimento de um bebê, mamãe e papai não poderão mais dar ao filho mais velho tanta atenção quanto antes. Mas aqui não é a quantidade que importa, mas a qualidade do tempo que se passa com ele.

A criança mais velha não tem culpa pelo fato de que os pais e a mãe em particular estão agora mais ocupados. É importante alocar regularmente tempo para o ancião que será dedicado apenas a ele e a mais ninguém. Uma hora, até meia hora por dia - mas a mãe deve passar esses minutos apenas com o filho mais velho. Neste momento, nada deve interferir em sua comunicação. A mãe não deve se distrair com o choro do bebê, telefonemas ou pedidos e perguntas de outros membros da família. É importante.

Talvez neste momento o pai, que voltou do trabalho, ou os avós possam ajudar. O principal é que o ancião sabe claramente: existe um tempo de mãe "santa", quando ela pertence apenas a ele e a ninguém e nada mais, e dia após dia ele se convenceu novamente disso.

O tempo antes de dormir é bom para essa comunicação. As crianças muitas vezes não querem ir para a cama, não adormecem por muito tempo. Nesses momentos, por um lado, são emocionalmente receptivos e, por outro, são o mais abertos possível. Antes de ir para a cama, você pode conversar com seu filho, ler livros para ele ou contar contos de fadas e discutir o que aconteceu durante o dia, em particular, seu comportamento. Ao mesmo tempo, a criança mais velha deve ser tratada com respeito. Mesmo avaliando seu comportamento, ações, você não deve compará-lo com o mais novo ou com outras crianças. Tais comparações não levam a um comportamento melhorado, mas ao surgimento da raiva e até do desejo de prejudicar a pessoa com quem são comparadas. É melhor dar neste momento sinais de amor e confiança mútuos. Então a criança adormecerá calmamente e seu comportamento se suavizará.

Ajudante, não babá

O mais importante é transformar o bebê mais velho em alguém que ajude a mãe a cuidar do mais novo, que possa ensinar algo a um irmão ou irmã. Mas lembre-se: ao mesmo tempo, a mais velha não é obrigada a ser babá! Há momentos em que as mães, voltando do hospital com um bebê, começam a perceber o filho mais velho como um adulto - ao contrário. Mas uma criança de 3 ou 5 anos não é um adulto! Claro, ele é mais velho do que aquele que ainda não tem um mês de idade. Mas ele é a mesma criança. A aparência de um pequeno não significa que o mais velho de repente cresceu drasticamente.

Deve-se lembrar que, mesmo que o próprio ancião expresse o desejo de ajudar seus pais com seu irmão e irmã, isso não o transforma em babá. Ajudar a criar ou cuidar de um bebê não deve se tornar um dever para ele, caso contrário, ele encontrará na comunicação com o pequeno não alegria, mas desgosto, e com o tempo poderá começar a se esforçar para evitá-lo. Se a criança ajuda com prazer, e tudo der certo para ela, não devemos esquecer de elogiá-la e apoiá-la.

Como ir a um especialista

Há também casos inversos - quando a mãe, com o advento do bebê, começa a mimar demais o filho mais velho. Isso acontece se a mãe tem um grande sentimento de culpa, na maioria das vezes irracional. Suas raízes podem estar na infância - por exemplo, se ela mesma já se viu na posição da filha mais velha que não recebeu atenção suficiente. Agora, dando o filho e mimando-o, ela procura protegê-lo do que ela mesma experimentou.

Outro problema é se os pais, tendo “girado” com o bebê, ainda não se lembraram do mais velho a tempo, e descobriram que o comportamento da criança havia mudado ou que as doenças se sucederam, já quando se tornou impossível não notar. Nesses casos, vale a pena entrar em contato com um especialista. Os psicólogos profissionais conhecem todos os algoritmos para a ocorrência de certas dificuldades, e é mais fácil encontrar a causa e ajudar a resolver o problema.

Quanto antes o problema for resolvido, melhor. Mesmo que não haja oportunidade de visitar constantemente um psicólogo, vale a pena ir a pelo menos algumas consultas, preparando-se adequadamente para elas. Você precisa estar atento ao seu comportamento e ao comportamento da criança. Se surgirem situações inusitadas que o preocupem, é melhor anotar quando, em que circunstâncias, como e o que aconteceu, e vir à clínica com esses registros. Isso ajudará a reduzir o número de visitas e a resolver o problema de forma mais rápida e indolor, e os próprios pais ficarão mais atentos a si mesmos e aos filhos, o que evitará novas dificuldades.

Veronika Kazantseva, psicóloga-educadora, psicóloga clínica da rede de clínicas médicas "Semeynaya":“Quando uma criança com pais ou mãe vem ao meu consultório na clínica Semeynaya, faço um diagnóstico abrangente, porque sou psicóloga médica. Para entender as causas dos problemas de uma criança, distúrbios comportamentais, métodos projetivos são muito bons, em particular, testes de desenho. Pelo jeito que uma criança desenha uma pessoa, uma família, que cores ela usa em seus desenhos, dá pra entender muito. Ao longo do caminho, mesmo se uma menina ou menino veio a mim precisamente em conexão com o nascimento de um irmão ou irmã, outras causas de problemas também podem vir à tona. Os testes ajudam a entender por que uma criança tem dificuldades na escola ou no jardim de infância, problemas de comunicação com os colegas. Assim, você pode chegar ao fundo da questão: o que realmente está escondido por trás das peculiaridades de seu comportamento e elaborar um programa correcional competente, tanto para ele quanto para seus pais. O programa pode ser construído de forma que possa ser realizado tanto no consultório do psicólogo na clínica quanto em casa.

revista para pais "Raising a Child", outubro-novembro de 2013